...que pequei...
Existe um poema, na verdade me parece mais uma prece, que diz assim:
“... Cuide bem de teus atos, palavras e pensamentos. Muitos seres podem ouvir, e espíritos saber a maldade que procura esconder...”
E depois de mais alguns versos vem outro trecho dizendo:
“... Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém...”
Sabe, em outras épocas quando eu estava me afastando da Igreja encontrei este poema em um site pagão, é você leu direito um site pagão mesmo, dessa galera teen que se diz adepta do neopaganismo (Muitas vezes são mais adeptas do sincretismo religioso do que de qualquer outra coisa, mas enfim, voltando ao assunto...). Bom, sempre gostei desse poema somente por esses dois trechos, quando comecei a me reaproximar da Igreja novamente (através do JUSA), a uns quatro anos atrás, esses dois trechos permaneceram na minha mente... Não sabia exatamente porque, bom, eu sempre fui do contra mesmo, rs, quer dizer, eu nunca fui de simplesmente aceitar de primeira qualquer coisa, sei lá; acho que é genético, kkkk, sempre gostei não só de simplesmente crer, pode parecer um discurso incrédulo, mas não é, na verdade nossa religião se comparada a outros credos, possui muito poucos dogmas ( verdades de fé somente provadas pela fé). E nisso sempre achei importante compreender de onde vem certos conceitos como os referentes ao pecado, mais precisamente ao ato de pecar. Quando pecamos ofendemos a Deus, desobedecemos ao nosso criador e mais uma vez nos dirigimos, por escolha própria, ao exílio (disso todos nós católicos já estamos careca de ter noção).
Voltando aos trechos:
“... cuida bem de teus atos, palavras e pensamentos. Muitos seres podem ouvir, e espíritos saber a maldade que você tenta esconder...”
E:
“... Faça o que quiser, mas não prejudique a ninguém...”
Pecar, nós somos filhos/criaturas de Deus, feitos a sua imagem e semelhança, temos como objetivo nessa terra de exílio ser sinal visível da presença do Criador. Sabe, como toda criação, obra ou feito possui a assinatura de seu criador (idealizador, produtos, inventor, etc), assim somos nós, uma bela pintura pendurada num muro numa rua e com uma brilhante e reluzente assinatura dizendo:
DEUS
Diferente de outras pinturas ou obras de arte, essa obra pode escolher se permanece pendurada no muro da rua, ou se quer ir para a galeria do seu criador, o criador por sua vez anexa ao muro um mapa que indica como a pintura chegará até a galeria. Ai é com a pintura e sua liberdade de escolha, se a bela obra de arte decide permanecer no muro, por N motivos, ela fica a mercê de qualquer tipo de intempérie e espectadores, então, numa madrugada alguém vem e picha o muro e borra o quadro, a pintura observa as pichações e, todo o muro, mas não encontra assinatura do vândalo, nota que há uma mancha em si, mas pensa:
- Isso não é nada, comparado ao muro eu ainda sou uma bela pintura!
Mais uma madrugada, o pichador volta e picha ainda mais o muro e dessa vez a pintura se compara ao muro e não dá importância ao vandalismo que está sofrendo... E assim foi durante anos, até que não se conseguia mais diferenciar a pintura do resto do muro completamente pichado... E a assinatura? Nem se percebia mais...
Então um dia, o serviço de coleta de lixo apareceu e notando que havia uma coisa presa ao muro, era a tela, agora nas mãos do lixeiro ia ser destruída no caminhão para ir para o incinerador...
Quando a pintura percebeu que estava em seus últimos minutos de existência, começou a gritar desesperadamente por socorro! E dizia com gritos perturbadores:
- Eu não ou lixo, sou uma bela pintura e o artista que me fez destinou-me a sua galeria, você não pode fazer isso comigo!
E o lixeiro retrucou:
- Ora, eu sei de que pintor você está falando, mas suas pinturas são belíssimas e você não passa do péssimo resultado de muitos vandalismos...
Então em meio ao seu desespero eis que vê uma silhueta familiar era o pintor que passava pela rua naquele momento com um dos funcionários de sua galeria. A pintura então como seu último suspiro chamou com desespero por seu criador:
- Mestre socorro! Sou eu, sua pintura!
O pintor olhou, e disse:
- Não vejo em você minha assinatura nem reconheço estes traços como pertencentes a mim... Mas aqui no canto parece haver a assinatura de um tal de Lúcifer...
O lixeiro então disse:
- Esse vândalo vive pichando muros e enfeando a cidade...
Já colocava a tela no caminhão e o funcionário da galeria disse:
- Espere!
Pegou uma espátula e descascou sobre a assinatura do vândalo e para a surpresa de todos estava ali um brilho que ofuscava os olhos e pode-se reconhecer a assinatura do pintor novamente! Então levaram a pintura para ser restaurada na galeria.
No caminhão em meio ao lixo, infelizmente, estavam outras pinturas que o lixeiro não conseguindo diferenciar de um vandalismo, como já estavam rasgadas, quebradas, não havia mais como o lixeiro retira-las e devolve-las a seu criador para serem restauradas, seu fim era o mesmo do resto do lixo coletado na cidade, o incinerador do depósito...
Como será que eu, pintura estou? Ainda é visível em mim a assinatura reluzente do Criador?
Será que meus referenciais ainda são os melhores, ou eu já me comparo como muro pichado e sem beleza?
O mapa está em anexo, mas cuidado, um muro pode ter um monte de anexos...
... Tipo:
"Trago a pessoa amada em três dias"
"Fulano de Tal da Igreja Etc Etc cura todos os males"
"Vendo ouro"
E por ai vai...
Não se engane!
Só existe um Pintor capaz de tão bela obra como a vida!
Todo o restante não passa de vandalismo, independente de onde e como estaja exposto...
Quer ir para a galeria do seu Criador?
No Mapa só está escrita uma coordenada: Buscai as coisas do alto com os olhos fitos em Cristo Jesus!
Que caia sobre nós uma chuva de Bençãos!!!
Abraço a todos!