Caríssimos, Paz!
Diante de tudo o que vivemos aqui no RJ em termo de calamidade pública, causadas tanto pelas chuvas como pela ausência séria dos governos, ainda conseguimos encontrar pessoas se questionando de quem seja a culpa de tudo isso: se das famílias que ocuparam irresponsavelmente encostas ou áreas de risco (como se fosse realmente uma delícia morar em tais áreas), se dos governos (municipais, estaduais e federais), de quem?
Interessante (e triste ao mesmo tempo) perceber que um político tenha jogado a culpa na natureza como se ela por si mesma fosse a responsável sozinha por tanta tragédia em sua cidade. Triste realidade ilustrada pela charge acima! Como também acabo lembrando aqui que o sobrenatural foi culpado pelo terremoto do Chile há tempos atrás...
Creio que, ao menos nesse momento grave, não nos caiba ficar confabulando de quem seja a culpa (para não ficarmos como as ovelhinhas da tirinha acima) mas fazer o que nos cabe COMO CRISTÃOS!
Fico realmente imaginando: o que está AGORA passando na cabeça e no coração daquelas tantas pessoas que, junto com seus pertences e até mesmo parentes, perderam tudo o que construíram ao longo de tantos anos e com tanto sacrifício: quer sejam suas casas, quer sejam suas famílias?
As imagens, as notícias, são as piores possíveis.E O QUE NOS CABE NESTE MOMENTO COMO CRISTÃOS QUE SOMOS? Ficar olhando, de braços cruzados, tantos irmãos e irmãs sofrendo como se nada tivéssemos a ver com eles? Esperar que o governo faça algo?
DIGO QUE NÃO! É preciso que assumamos de fato nossa fé e encontremos JESUS CRISTO naqueles que sofrem, que nos compadeçamos da dor alheia, que estendamos a mão de fato a quem de nós precisa, da melhor forma e da forma mais efetiva possível.
Importa neste momento, irmãos, estender a mão a quem de nós precisa e isso já, GLÓRIA A DEUS, temos visto por aí.
Não podemos deixar de relatar o fato de que em Guaratiba a Igreja Santa Clara e seu Pároco Padre Jefferson estão cuidando num Ciep de mais de 400 pessoas que têm suas casas em situação de risco e lá estão abrigados.
Não podemos deixar de relatar também a arrecadação que estamos fazendo aqui em nossa paróquia (21 2485-2790) de material de higiene, material de limpeza, colchonetes, fraldas (infantis e geriátricas), alimentos não-perecíveis, roupas íntimas novas, para serem levadas à Cáritas Arquidiocesana e por lá distribuídas.
O fato é que realmente acontece como li num artigo simples e bem interessante (http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=14802&cod_canal=44) falta-nos, nas palavras do autor do artigo, "PROFETAS DA ECOLOGIA", pessoas que se disponham a trabalhar pela ecologia de maneira mais integrada e acertada.
Também ouvi nosso Pastor, Dom Orani, em seu programa diário na Rádio Catedral, hoje, às 17h45m dizer que precisamos de uma ocupação e um uso mais sério do solo e de um aproveitamento mais responsável da natureza e de seus recursos, tudo muito bem orquestrado pelas autoridades constituídas. Falta-nos realmente desengavetar um plano diretor para tais ações.Caríssimos, lembro aqui o que a Carta de São Tiago nos exorta: "Fé sem obras é morta!"
Oremos, sim, irmãos caríssimos pelas vítimas das chuvas e seus familiares, mas não só oremos!Fique para nós, enfim, caríssimos, em nossos corações, o mandamento que Jesus nos deixou:
"...não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e de verdade".(1Jo 3,18)
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