Certa vez, uma amiga me contou um episódio curioso que aconteceu com ela. Ela estava conversando com um casal de amigos e notou que o homem carregava em seu pescoço uma grande medalha:
- Que medalha é essa? - Perguntou ela.
- Meu pai Ogum. – Ele respondeu exibindo uma grande medalha com a imagem de São Jorge.
Imediatamente, ela como em uma reação instintiva, mostra sua pequena medalha e diz:
- Minha mãe Maria!
Quando ouvi esse causo pela primeira vez fiquei surpreso com a coragem e com a esperta sacada que ela teve ao se deparar com uma situação como esta. Logo depois vim a meditar sobre o fato, com toda certeza por inspiração do Espírito de Deus que buscava me mostrar algo sobre aquele conto.
Assim que nos tornamos íntimos de Deus, nosso testemunho se torna tão natural que em nosso agir nós O comunicamos aos outros. Torna-se tão natural demonstrar a presença do Pai que em um diálogo rápido nós damos testemunho de nossa fé quase que instintivamente.
Isso porque quando caminhamos na fé e na vida de oração, o Senhor se torna tão próximo que pode chegar a falar pelos nossos lábios quase que sem distinção. Essa intimidade pode ser alcançada por todos nós, pois Deus nos quer todos bem perto dEle. Contudo, esse estado de integração e intimidade não é um processo rápido, e nem sempre será agradável, haverá pedras, espinhos e lágrimas, mas também haverá os mananciais, os descansos e no fim dessa caminhada a Glória.
Como e onde começar?
Bem, eu não sei. Isso dependerá do estágio onde você está e de como você caminha. Sempre será válida a auto-avaliação sincera e a meditação:
Como está minha relação com Deus? Em que momentos eu oro? Por quais motivos eu tenho rezado? Eu realmente confio em Deus ou Ele é minha última saída?
O diálogo com Deus (oração) deve ser constante! Como diria a Palavra: “...em tudo daí graças...”. Então porque nós muitas vezes só rezamos quando nada mais que as mãos humanas podem fazer funcionam? Acaso não foi Ele que criou essas mãos humanas?
Também diz a Sagrada Escritura: “O Senhor é minha luz e salvação... é a segurança da minha vida!” Então porque Ele é meu último recurso quando deveria ser este o principal do início ao fim das coisas que eu realizo?
Deus é nosso Pai e Criador, por isso quer ser para nós uma companhia frequente, quer ter a mesma intimidade que o mais intimo dos membros da nossa família. Mas isso se trata de uma relação, de um diálogo, Ele só precisa que você responda aos Seus apelos!
A paz do Senhor estaja com todos vocês!