domingo, 12 de dezembro de 2010

O Natal é Tempo de Amar!

A igreja, para a fé católica, não se trata do edifício, do templo em si, mas da comunidade reunida em prol do Reino de Deus. Sim, nós somos a Igreja instituída por Jesus Cristo como seu corpo na Terra, uma grande honra e responsabilidade confiada a todo batizado.

Nesses últimos meses do ano, participei em muitos momentos importantes onde toda a comunidade estava reunida em cujo foco era a cabeça desse corpo formado por nós, o próprio Cristo.

E foi nesses dias que tive a experiência de me sentir verdadeiramente parte desse corpo, não melhor e mais necessário que ninguém, mas igualmente necessário como todos os que ali estão desde o zelador até o padre, todos são parte fundamental desse corpo que caminha sobre a Terra olhando para os céus onde um dia estarão em plena comunhão com o Criador... Tão sublime realidade só pode ser alcançada e observada pelos olhos da fé, pois o Corpo Místico de Cristo é um dos grandes mistérios da nossa fé!

Neste tempo do Advento, eu venho escrever uma prece a Deus pelos membros dessa comunidade cristã da Paróquia de Jesus Sacramentado, que a cada dia experimentando na presença de Deus os Seus mistérios e graças cresce e caminha cada vez mais unida e atuante na promoção do bem comum e da paz na Terra aos homens por Ele amados:



"Deus de infinita misericórdia, que por amor aos homens enviou seu Filho em nosso favor! Concedei que firmes na palavra e nos ensinamentos de Cristo sejamos todos parte forte e fiel do teu povo, confirmados na fé dos primeiros apóstolos, muitos dos quais por esta fé derramaram seu próprio sangue em sinal de fidelidade ao Reino, possamos ser Luz para o mundo que caminha na escuridão, e Sal para aqueles que já não saboreiam o dom da vida! Que esta comunidade, que oferece seus dons ao ofício de comunicar o Cristo possa sempre contar com a intercessão dos Santos e guarda das Milícias Angelicais e assim, possamos um dia ingressar jubilosos no Reino que virá com toda a Glória e Majestade! Por Cristo Nosso Senhor! Amém!"




A todos os paroquianos desta comunidade um ótimo Natal do Senhor, que com ele possamos nascer mais uma vez renovados por esse tempo de esperança e fé! Que a estrela brilhe em cada lar cristão nesse Natal, em sinal do Cristo menino que nasce nos corações das famílias que esperam em Deus!




Bom Natal!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Povos Bárbaros






Tempos de barbárie é o termo utilizado para a época onde a lei era a espada e os valores da sociedade praticamente não existiam, os valores que prevaleciam eram os valores da força e do medo.
Na antiguidade houve um período como este, que começou com a queda do império Romano, destruído pelo seu próprio povo corrompido pelas fraquezas humanas, que pouco a pouco foram se institucionalizando e enfraquecendo a supremacia do império que um dia foi o berço da civilização...
Foi a Cristandade que nos séculos decorrentes da queda de Roma, salvou a civilização.



Com a queda dos poderes civis e militares daquela época, a única instituição que permaneceu unida e firme em seus valores e funções foi a Igreja Católica, seus bispos, presbíteros, diáconos e fiéis leigos resistiram firmemente aos povos bárbaros, que pela coação e repressão violenta, saqueavam povoados, destruíam cidades e cometiam uma série de outras monstruosidades. Esses povos não cultivavam os mesmos valores cristãos. Seus valores se baseavam na força, eram extremamente violentos e cometiam atos chocantes dada a selvageria com que tratavam os povos dominados, estupravam mulheres, matavam crianças, escravizaram os homens e matavam idosos e inválidos sem a menor piedade. Exibiam as cabeças de seus adversários como troféu de guerra e acabaram que estabeleceram seu poder nessas regiões, sua cultura era limitada pois eram povos tribais, tinham poucos registros e eram muito rudes.


A Igreja entendendo que essa selvageria era fruto da ausência de Deus nos corações desses povos. Começa então um lento trabalho de catequização e conversão desses povos. Ao mesmo tempo em que negocia-se a paz entre o novo poder e a única instituição de pé no momento, a Igreja Católica. Esse processo, que foi contínuo durante os séculos decorrentes, custou o sangue de muitos membros da Igreja, que por amor ao Evangelho e crendo que era necessário para haver a paz na Terra que a mensagem de amor nele contido fosse comunicada, não se calaram perante o poder do fio da espada...
E hoje, nossa cidade do Rio de Janeiro reflete um pouco do que nós, que um dia fomos uma civilização digna e equilibrada, estamos construindo para nossos filhos e netos...



A nossa sociedade quer caminhar sem Deus, a nossa sociedade se considera tão equilibrada e segura em sua complexidade que não vê mais a necessidade de Deus em sua vida! Sim, veja se você mesmo já não caiu um dia na tentação de dizer que fé e política não se misturam? Ou que alguns assuntos não combinam com religião? Será que você em algum momento em que ouviu no noticiário da TV um pronunciamento do Papa sobre um assunto não deve ter ao menos pensado: O que o Papa, ou a religião tem haver com esse assunto?



E hoje o que lemos nos jornais é:
Barbárie no Rio de Janeiro!! A violência impera na capital carioca!

Quantos de nós não lemos ou ouvimos algum jornalista anunciar títulos semelhantes?

 A coisificação do sexo, a desvalorização da instituição familiar, a libertinagem que se instala, a supervalorização do "TER em detrimento do SER", a coisificação da pessoa, a desvalorização da vida, a normalização do uso de entorpecentes a sexualização do consumir, são temas de funk, de novelas, de propagandas, de programas de humor, e chegam as nossas casas com a facilidade de um botão, a disposição das crianças e a nossa disposição também! Desatentos, somos impregnados por essas realidades que nos impõe serem boas e corretas. Algumas dessas coisas já são institucionalizadas como patrimônio cultural e outras legitimadas como pura expressão artística! Mas a verdade é que são valores bárbaros, que nos levam aos mesmos erros que os romanos não cristãos cometiam, impregnando-se de vícios, cultivando-os como se fossem virtudes, tudo em nome da liberdade individual...

Nós não percebemos que tudo isso que aparentemente não tem nada a ver com essa onda de violência em nossa cidade, na verdade tem tudo em comum com essa barbárie. Nossos valores se perderam, as pessoas são valorizadas pelo que tem e não pelo que são, com isso nascem os poderes paralelos, a força e a violência tomam o lugar do respeito e da instituição, o poder que tem na sua base a promoção do bem-estar comum se desvirtua pela nova mentalidade egoísta do “cada um na sua”. A mensagem de Deus para essa sociedade é obsoleta e rudimentar, mas ela está mais atual a cada momento!
É necessário que o povo cristão vá ao encontro dos novos povos bárbaros, aqueles que estão no nosso meio mas ainda não conhecem verdadeiramente o Cristo, aquele já nos trouxe a paz! Mais do que ficar em nossos mundinhos dentro das igrejas, em nossos próprios encontros, junto com os nossos, devemos cumprir a ordem de Cristo e ser “Luz no mundo e Sal da Terra”, dar a essas vidas amargas e mergulhadas em vícios o sabor da virtude, a exemplo dos cristãos antigos, não devemos temer levar a Palavra!
 Não devemos ter medo de anunciar a Boa Nova! Estaremos sendo falsos como nosso próprio Deus se agirmos assim! Estaremos sendo falsos com nossas próprias crenças!


O mundo está sedento de Deus mas não sabe disso, e assim vai buscando Deus em coisas e lugares onde não o encontrará. É como um camelo, que não conhecendo a água, morre de sede na frente de um lago, se houvesse quem o ensinasse o que é a água não teria morrido!



Deus chama seus filhos a renovarem o mundo uma vez mais, a salvar os homens de suas próprias misérias, a anunciar um caminho de plenitude!

Oremos ao Bom Deus que nos envie seu Espírito Santo para infundir em nós o ímpeto evangelizador necessário!

Sejamos luz!!!





“O mundo envelhece, o mundo move, o mundo vai desaparecer. Mas tu cristão, nada receies, porque a tua juventude se renova como a da águia!” (S. Agostinho)



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A face do Pai

Num dia de dor e de trevas, fui pelos caminhos vagando a procura de algo que nem se quer sabia o que era... A vida me deixava impotente, me sentia tão perdido pelo simples fato de ter a certeza de que não estava no controle de tudo, de que mais do que não ter controle sobre as coisas, eu não tinha certeza sobre minha própria vida...

Foi me deparando com um moribundo, que tinha devaneios, que bati de frente com essa realidade, ele via pessoas, ouvia vozes e sabia que iria morrer... Como de fato todos já sabiam, seus dias estavam contados na face da Terra... E... E diante dessa realidade eu tremi, em meu corpo senti um arrepio e eu, que me achava dono do meu nariz, senhor da minha vida, me vi incapaz de compreender e conceituar, racionalmente, o mistério da vida...

Nesse instante tive fé, acreditei mesmo sabendo que ali, daquele velho corpo cansado, a vida já começava a fugir a cada palavra. Ali eu vi a vida, e em meu coração eu acreditei que aquilo não era o fim.
Mas, se não era o fim, o que era então?

Pronto, meu senso racional se aguça, desperta desse breve devaneio de fé. O mundo “cor de rosas” murchou e eu voltei a minha fria análise. Fui em busca de respostas, entrei em muitas casas, entrei em muitos lugares e conversei com muitas pessoas, que me davam respostas aceitáveis do ponto de vistas “racional”... Me senti bem, conseguia entender o que me era dito, conseguia vislumbrar com certeza o que um simples senhor, que depois eu soube que fora um mecânico a sua vida toda, me dizia sobre as leis do Insondável sobre as leis de Deus...Mas algo faltava...

Bom, fui ao enterro. E lá me deparei com aquele corpo, frio e sem vida. As explicações me tinham convencido daquela vez, mas porque ainda é difícil aceitar?
Ele me disse que eu não pensasse na pessoa para que ela pudesse partir em paz para sua “nova missão”, mas era inevitável, afinal eu o conhecia, pois vivia em nosso meio, com ele aprendi tanto!
Agora me parece tão injusta e tão cruel essa realidade que aquele simpático senhor me apresentou... Me bateu a angústia, me perturbei, queria chorar mas ele me disse que não era bom também, porque o “espírito” iria sentir e ficar preso por aqui...

Sai dali, só queria um pouco de paz, só queria um pouco de consolo para encarar essa dura e inevitável realidade que segue todos os viventes. Havia uma igreja na porta do cemitério, entrei, meio sem jeito, afinal era uma igreja católica, não me sentia bem em lugares assim ainda mais por tudo que a igreja fez de mau! Bom, não me importava naquela hora, só queria um lugar sossegado para chorar, sentei num banco e abaixei minha cabeça. Derrepente senti um toque quente no ombro, era um homem alto que vestia preto! Logo preto! Me disseram naquele lugar onde o mecânico atendia e fazia caridade, que preto não é uma boa cor porque atrai os mortos e a pessoa fica carregada!

Olhei de cima a baixo, e ele me perguntou:

- Tudo bem meu irmão?

Pensei:

- “Eu não sou seu irmão, seu maluco carregado de energia negativa!”

Mas disse a ele:

- Estou sim, só vim rezar (chorar) um pouco...

Ele perguntou e disse:

- Perdeu algum ente querido? É sempre bom orar por eles, nossas orações nos elevam a Deus e nos faz pedir para que o Senhor receba aqueles que nós amamos junto dele e assim tenham a paz eterna que Jesus prometeu!

Olhei pra ele com uma cara de : “hãm?!”

Ele percebeu e sorriu:

- Sim, Jesus disse que todos os filhos de Deus voltam a casa do Pai quando partem dessa vida. Quando ali chegam se tornam os santos, alguns são conhecidos outros não, como tantos que devem ter seus corpos enterrados nesse cemitério, mas intercedem por nós, ou seja oram a Deus por nós!


Nossa! Fiquei pasmo, sem palavras diante daquilo...E antes que eu dissesse qualquer coisa o homem sorriu e perguntou se eu queria orar com ele por alguém, fiz com a cabeça que sim e rezamos um “Pai nosso” e uma “Ave Maria”, depois da oração chorei, copiosamente chorei como que um peso tivesse sido tirado da minha alma, senti um calor no peito e então o homem sorriu de novo, vi naquele olhar um olhar diferente, perguntei se ele era o zelador do lugar e ele me disse que era o padre, esbugalhei os olhos e ele sorriu um pouco mais, me abraçou e me disse:

“ Vá em paz, você não precisa saber como é o outro lado da vida para viver bem neste lado, o que você precisa é viver bem deste lado para alcançar a boa vida do lado de lá! Se tiver fé creia!”

Com essas palavras ele se retirou por uma porta, quando vi já não estava mais lá!

E em uma parede estava escrito sobre uma imagem de Cristo:


“ Ter fé é crer naquilo que não se pode ver com os olhos, mas como coração!”

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Vento sopra onde quer...



Os ventos da mudança sempre sopram, na criação, nada é estático e imutável; As plantas crescem e florescem, a semente cai no chão germina, as aves migram e o filho do homem caminha, vai ao encontro e obedece a ordem de seu Criador e Pai...
“...Se derramaram em lágrimas e lançaram-se ao pescoço de Paulo para abraçá-lo, aflitos sobretudo pela palavra que tinha dito: Já não vereis a minha face. Em seguida, acompanharam-no até o navio. (Atos dos Apóstolos 20, 37-38)”


Com a mesma dor e desconsolo nossa comunidade se despede desse exemplo de sacerdote que para muitos, como eu, foi é e será sempre um sinal de Deus nas vidas dessa comunidade.
Como expressar nossa gratidão, nosso afeto, nossa admiração e tantas coisas que tantos têm no coração para falar deste que se tornou um verdadeiro pastor dessa comunidade?





Como nosso Deus é um Pai misericordioso nós, ao contrário daquela comunidade da qual Paulo se despede, poderemos e com certeza veremos muitas vezes a face sorridente desse caríssimo sacerdote que vai deixar saudades por aqui, isso porque ele vai para pertinho, voltará a sua paróquia, onde cresceu e onde Deus o chamou para o sacerdócio, foi enviado a Paróquia de São Brás em Madureira. A nós que com ele aprendemos que “quem não reza o diabo leva” rsrs devemos orar...
Nós devemos orar por ele e por essa sua nova missão, orar por nossa comunidade, para que nesse momento de desamparo encontremos nosso auxílio no Senhor, para que movidos pelo Espírito Santo possamos, mesmo na saudade, saber acolher bem aquele que virá em nome do Senhor e da Igreja.

Toda mudança gera descontentamento, e como não gerar? Mas os desígnios do Senhor por mais insondáveis que sejam “são corretos e justos igualmente” (Livro dos Salmos) não cabe a nós julgá-los mas sim meditar neles e esperar Nele, pois tudo sabes...



Ao senhor Pe. Nivaldo só nos resta a eterna gratidão por ter feito dessa comunidade o que ela é, não que tenha feito tudo sozinho. Muito pelo contrário, foi a sua fé no potencial dessa gente que permitiu que a graça se tornasse abundante e fecundasse essa comunidade, que a cada dia cresce em espírito e verdade, mantidos pela fé e devoção em Jesus Sacramentado e nos mandamentos do Senhor!



E eu agora tomo a liberdade de me expressar um pouco no singular e manifestar o quanto sou grato por tudo. Foi o primeiro a me acolher verdadeiramente e mesmo com tudo que falavam de mim não colocou-me rótulos, me fez acreditar em mim de novo e a me perdoar e curar, louvo a Deus por ter colocado o senhor no meu caminho. Louvo a Deus no dia que ele sussurrou nos seus ouvidos: “olha aquele perdido ali!” ...

Vou parar senão o teclado vai se afogar aqui!

É bendito aquele que vem em nome do Senhor


E aquele que se vai também!!
Que a paz esteja com todo aquele que anuncia o Cristo!
Nos veremos em breve!

domingo, 3 de outubro de 2010

O Caminho da Cruz.

Ainda hoje percebo que em mim nem tudo se converteu, nem tudo que há em mim se voltou completamente para o Senhor. É curioso perceber nos meus momentos de silêncio e interiorização que o processo de conversão gradual e contínua será eterno, e passará por vários episódios e alguns deles serão reprises intermináveis...


É dura essa realidade e para muitos pode parecer penosa e cruel, mas este é o verdadeiro sentido da cruz, quem carrega sua cruz segue a Cristo. Isso por que a cada passo dado a cruz parecerá mais pesada, parecerá haver mais resistência ao atrito com o chão, mas na verdade essa sensação não se deve à madeira da cruz, porque esta lhe foi dada do mesmo jeito com o mesmo peso e com o mesmo tamanho, se te cansas a caminhada é porque as suas forças em alguns momentos não serão suficientes, seja porque o terreno é difícil, seja porque o cansaço já grita em sua carne. E serão nesses momentos críticos que você, assim como eu, se deparará com o desafio da fé, com dois caminhos ambíguos:





A conversão ou a fuga!





É interessante notar que é nesses momentos onde a verdadeira conversão acontece, na maioria dos casos, quando nos deparamos com um momento crítico em nossas vidas onde a cruz é tão pesada que nós tombamos sob seu peso com o rosto no chão.



Cristo foi ajudado por um Simeão, nós somos amparados pelo seu próprio Espírito quando assim aceitamos a oferta de amor que ele nos deu. O Simeão foi obrigado a ajudar, mas Cristo nos envia seu próprio Espírito por amor e compaixão de nós!


A cruz não se torna mais leve e nem o terreno mais plano e limpo, mas nós, animados por esse Espírito, redescobrimos a força que vem do alto que nos foi infundida pelo batismo e para aqueles mais corajosos, renovada pelo crisma.


Mas para esse passo firme de escalada é preciso coragem e humildade, coragem para aceitar e crer naquilo que não se sabe, naquilo que é insondável e que está fora dos nossos controles e domínios, e humildade para reconhecer que nós temos poder de decisão mas nem sempre teremos, ou saberemos onde buscar, a energia necessária para seguir os caminhos que escolhemos.


Ainda há a opção da fuga, e tantas vezes vemos pessoas optando por esse caminho... Com a ilusão de achar que o melhor caminho é aquele onde o sofrimento não existe, a pessoa se condena, se aprisiona num constante caminho de busca pelo prazer e pela satisfação pessoal (é nesse ambiente que o pecado nasce como iniqüidade) sem levar em consideração que a evolução e a verdadeira liberdade só se consegue através do caminho onde o equilíbrio entre as coisas deve ser a chave, não há mal que sempre dure assim como não há prazer na Terra que dure para sempre. Cada momento deve ser vivido e encarado com maturidade e plenitude, e sempre com os olhos fitos no objetivo Final.



Assim o Calváreo não parecerá tão difícil de percorrer, nem a cruz tão pesada que suas pernas não sustentem o peso, e terá uma vida onde a madeira lhe trará frutos de sabedoria e felicidades, onde a dor continuará sendo o que é, mas seus olhos a verão por uma outra ótica e a paz que deseja para tudo que te cerca começará dentro de você!





Que a Paz esteja com todos nós!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E por falar em conscientização...







Vale a pena gastar uns instantes do seu dia pra ver esse vídeo, faz agente pensar melhor sobre essa questão tão polêmica e ao mesmo tempo tão batida. Tão batida que agente pode cair no mecanicismo e acabar esquecendo os motivos da nossa posição contra este ato odioso do Homo totuspoderosus  (nossa humanidade contemporânea).
Vejam reflitam e me digam o que acharam do testemunho dessa sobrevivente!

domingo, 22 de agosto de 2010

Koinonia! (Parte I)

Existe algo mais belo e sublime que a vida em comunidade? Em teoria?

A comunidade é a própria Igreja, feita pela comunidade de batizados, povo comprado com o sangue do próprio Messias, Cristo, que se deu na cruz pela nossa libertação. Tão belas palavras...

Se idealizarmos segundo a lógica teórica do que a Igreja prega como sendo a comunidade eclesiástica, teríamos belíssimos textos que nos enchem de orgulho de fazer parte de uma comunidade eclesial. Mas não é sempre um mar de rosas, nem sempre será uma utópica convivência interpessoal. Cabe aqui sermos claros, como Cristo foi (Mat 18,15-17).

Viver em comunidade é um verdadeiro desafio, um constante aprendizado sobre o respeito e a caridade. Nem sempre teus irmãos lhe serão verdadeiros e fraternos, nem sempre encontrará em quem buscar apoio, mas por outras vezes se surpreenderá com as pessoas de maneira positiva. Aquele irmão, que até então, para você, era indiferente, por quem você muitas vezes não dava nada, te revela a face brilhante e caridosa do Pai! É meu irmão, muitas surpresas nos reserva o Senhor nessa caminhada, muitos imprevistos e é nessas surpresas que Deus nos ensina e nos orienta no crescimento social e espiritual.

“Se teu irmão pecar contra ti (...)” assim começa Jesus falando aos apóstolos, nosso Senhor já nos adverte desde o início que somos passíveis de sofrer os arranhões da convivência. Seria hipocrisia nossa achar que em uma comunidade cristã erros de conduta, fofocas, brigas, revanchismos, inveja, e tantos outros sentimentos e condutas pecaminosas não ocorressem. Seria imaturidade, sim meu amigo, uma verdadeira falta de conhecimento do que é ser cristão, um verdadeiro despreparo para a convivência. Quem procura viver em comunidade por que está cansado da hipocrisia, da falsidade, dos jogos de aparência que as relações pessoais “mundanas” nos apresentam, sinto informar, está buscando o lugar errado, sim você leu certo, mas acalme-se vou explicar:

Quando procuramos participar de uma comunidade eclesial (Igreja) projetando uma imagem utópica de que todos são pessoas ótimas, perfeitas, que psicologicamente e espiritualmente são equilibradas e saudáveis mentalmente, nos decepcionaremos rapidamente. Isso porque o ambiente eclesial no que se refere a seus membros não difere muito de qualquer outra comunidade, são pessoas que partilham entre si algo que os congrega em um grupo, no nosso caso o grupo dos batizados na Igreja Católica Apostólica Romana, mas são PESSOAS, seres humanos com as limitações que qualquer outro pode ter, qualquer um como eu e você.

Assim como nós, essas pessoas estão em constante processo de conversão, de aprendizado e de crescimento. É interessante ouvir de pessoas que acabaram de entrar “na ativa” quando se deparam com um irmão tendo uma conduta errada: “ Eu fico me perguntando o que ele está fazendo aqui?” ou então “E depois vem falar de Deus pra gente!” entre outras tantas declarações de decepção... Isso reflete seu profundo desconhecimento e despreparo para participar ativamente da comunidade. Quem se sente chamado a ser integrante ativo de uma comunidade cristã deve estar preparado para lidar com pessoas de carne e osso, com suas falhas e limitações, deve estar disposto a olhar para o outro e refletir sobre si mesmo antes de apontar e julgar, precisa ter maturidade para, mesmo que seja o único, não se contaminar com erros e vícios, sendo uma referencia para os outros, sem no entanto se portar como o dono da verdade.

A convivência fraterna é o instrumento de salvação para quem vê nela o que deve ser visto; É com a convivência que se aprende a respeitar as diferenças, que se exercita a tolerância, o respeito às opiniões divergentes, a obediência, a solidariedade e principalmente a caridade com o próximo. Mas para aqueles que não conseguem ver as riquezas e virtudes que podem ser alcançadas pelo convívio comunitário este se torna uma pedra de tropeço para a pessoa, que só vê duas alternativas para lidar com a humanidade das pessoas que com ela compõem a comunidade; Ou se afastam e rejeitam o convívio comunitário, ou se envolvem dos vícios e dos erros. Estes têm uma característica notória em todas as comunidades, as más práticas conferem um vínculo aqueles que delas começam a nutrir-se para se manter aderidos a comunidade, as “panelinhas” são um exemplo disso, assim como os “elitismos”. Todas essas práticas já foram ou ainda são vividas por algumas comunidades e são fator de afastamento de muitos e de enfraquecimento das comunidades. Essas tristes verdades brotam da imaturidade espiritual e psicológica de alguns que, quando não podados e acompanhados, aderem na comunidade como uma grande e feia mancha de óleo, difícil de limpar e, de vez em quando, causam feridas tão grandes na comunidade que criam cicatrizes que serão aparentes por um bom tempo.
Cabe aos conscientes destes fatos uma postura firme no que diz respeito a suas condutas sem, no entanto, se tornarem também estes, outro ponto de separação na comunidade, criando um verdadeiro ambiente de Guerra Fria na Igreja...

E agora gostaria que você se perguntasse como anda sua comunidade? Como anda seu servir na sua comunidade? Como é a sua postura na comunidade? Você faz parte de uma facção ou você é membro da comunidade verdadeiramente?

Infelizmente, as facções, as “panelinhas”, os grupos de “donos da paróquia” só nascem por que essas pessoas tristemente perderam o foco, em algum momento se esqueceram (ou nem ser quer um dia souberam) o fundamental objetivo de estarem ali.
O real objetivo é que quando estamos unidos Ele está no meio de nós e nos fala de Sua vida, quando isso ocorre ele quer que nós, depois de ouvirmos e estarmos em Sua presença, sejamos testemunho Dele para o mundo e para os irmãos. Ele quer que nós sejamos a Sua imagem para os demais!
Quando fugimos a essa realidade por vaidade, por despreparo, por raiva, por fraqueza, ou por qualquer motivo, dentro da comunidade cristã, pecamos contra o SEU AMOR, assumimos a postura de Judas, que entrega seu Mestre para ser crucificado por aqueles que não o conheciam (pois é isso que acontece quando damos contra-testemunho, damos a chance aos fariseus e aos principes da Terra de chicotearem o nosso Rei, de humilha-Lo...), traímos nosso Deus e Senhor aquele que por amor nos perdoa e nos torna dignos de anunciá-lo.
Que tipo de apóstolo você tem sido para seu Mestre, o que O precede ou aquele o recusa até dez vezes por medo de ir contra a corrente? Nós sempre estaremos andando na corda bamba, numa hora estaremos no caminho certo, noutras nos depararemos com ventos fortes que tentarão nos derrubar, nos pegar no desequilíbrio do nosso ser com o caminho que ESCOLHEMOS seguir, nessas horas será necessária a vigilância e a oração!


Pense nisso, avalie-se!


Nunca é tarde para voltar atrás e se arrepender, fazer as coisas de forma diferente, se reconciliar com Deus e os irmãos e assim verdadeiramente ser membro da Igreja!

Que Caia sobre nós uma Chuva de bençãos!



domingo, 25 de julho de 2010

Deus é bom demais!



Só uma música pra ajudar na reflexão do último post!


Muito boa música de Eliana Ribeiro, fala precisamente sobre a idéia do texto... Confira!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A autossuficiencia e o Peixe da tribulação...

(...)


“Do fundo das entranhas do peixe, Jonas fez essa prece:


Em minha aflição, eu invoquei o Senhor, e Ele ouviu-me.


Do meio da morada dos mortos, clamei a vós, e ouviste minha voz.”

(...) JONAS 2, 2-3



Existem momentos em nossas vidas que pensamos ter sido engolidos pelas tribulações, acontece com todos nós! Chega um momento em que nós olhamos para o lado, para frente e para trás, e tudo nos parece sem sentido, desorientado, fora dos eixos, fora da realidade que nós projetamos...


Isso porque nós, seres humanos, sempre temos a tendência de cair na ilusão de que nossas vidas e projetos dependem exclusivamente de nós e de nossas vontades e quando assim agimos, erramos, erramos muito feio; Erramos porque esquecemos que em nossa vida, melhor dizendo, até a nossa vida não depende somente do que façamos ou deixamos de fazer. Nossa vida também é feita de nossas decisões, não discordo disso, sou prova viva dessa verdade, mas nossas vidas não são feitas SOMENTE de nossas próprias decisões. Jonas provou na pele essa realidade quando chamado a um caminho resolveu tomar outro por sua própria vontade e entendimento, desprezando Aquele que o enviara e os Seus planos para o destino de um povo que precisava da Palavra...


Muitas vezes nos achamos no controle da situação, nos colocamos como senhores de nossos destinos e caminhos, e é nesse momento que somos engolidos pelo mundo no qual mergulhamos e nos dissemos controladores.


" Enquanto eu afundava nos oceanos eu lembrei do Senhor, e Ele me salvou..."

Deus não nos pune, Ele respeitando o nosso livre arbítrio nos deixa engolirmos a nós mesmos em nosso mundo "controlável" e olha por nós, esperando o momento de voltarmos nosso espírito de novo a Ele que é o Senhor de nossos passos, Pai, Criador e dono do dom da vida... E quando assim procedemos, vemos novamente o Sol brilhar e o horizonte a nossa frente na direção que Ele, que conhece todos os caminhos, desejou para cada um de nós!


Que caia sobre nós uma chuva de bençãos!!

Um abraço a todos!!!

sábado, 22 de maio de 2010

O Retirooooooooo!!! (Melhores momentos)

Olá meu povo! Demorei mas ta ai, como tive problemas com a internet tive que atrasar a postagem das fotos do retiro PJS.
 Foi um momento dos mais especiais para todos os presentes, minha maior felicidade foi ouvir dos participantes que o nosso objetivo tinha se cumprido, nós conseguimos mostrar pra eles o quão bom é ter uma juventude onde Deus e a religião não estão excluidos da sua vida, mas caminham junto com todo o resto de nossas atividades e é compatível com nossa vida!!!

Ficam ai as fotos:



Apesar dos transtornos nós chegamos e a alegria do nosso Deus é contagiante!!!!
Partilha durante a parte da manhã...

Palestra no mínimo singular, foi surpreendente!


A Festa da noite de sábado!!! Tudo de muito bom!!

Muita animação...


Todos dançando!!

E você achou que eu também não ia curtir em algum momento???

Todos curtiram!!

Eita povo animado!


Lindos sorrisos!



Valeu a pena ê ê!!

A equipe também tem direito a diversão!

Esse negocinho ai fez sucesso...rsrs

A alegria habitou no meio de nós!

Rapazes sarados!!

Fraternidade é a palavra!!!


Domingo, dia do Senhor, e com certeza Ele estava lá curtindo a nossa confraternização e espalhando Suas bençãos!!

Teve vôlei!!

Com muito Sol...rsrsrsrs

Sim, também teve piscina, pq cristão não é alergico a água!

Teve pagode e samba, pra combinar com o belo domingo de sol com churrasco e piscina!

E depois disso tudo, de toda essa felicidade, voltemos para o lar, onde começaremos a anunciar as maravilhas de Deus em nós e assim sermos nós também verdadeiros cristãos!

Isso foi ensaio...Agora vamos mesmo!rs

Foto Oficial!

Sim, nós invadimos a missa rsrsrsrs (td autorizado pelo padre, logicamente!)

E agora colhamos os frutos!

"... Lembre-se que a vida é um conjunto de experiências que vivenciamos de formas diferentes, e das quais tiramos, aquilo, e só aquilo, que queremos.Por isso, o Retiro é um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores e de repensar sobre a vida e tudo aquilo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É tempo de contemplar a graça de Deus que nos agracia e entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui. O retiro é tempo em que a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia. O retiro é um voltar o olhar para nós mesmos e fazer ecoar a juventude que mora em nós. Retiro é também tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz..." ( Ir. Maria Aparecida Barbosa)


Um Abraço a todos!

Amo vocês!!